quarta-feira, 25 de maio de 2011

Especialistas defendem editais bem definidos na concessão do Parque Vila Velha

A adoção de parcerias com a iniciativa privada no Parque Estadual Vila Velha, na região dos Campos Gerais, faz parte do Plano de Desenvolvimento Turístico e Uso Público em Unidades de Conservação do Estado. A Secretaria de Turismo do Governo do Paraná salienta que não se trata de privatização, mas de terceirização de atrações.  Segundo a Secretaria, atualmente o Parque se constitui mais em unidade de conservação e apreciação do que em atrativo turístico.

A concessão se estenderá à exploração do turismo de aventura e ecoturismo (rapel, rafting, arvorismo etc) como também a serviços de transporte interno e refeições. Em troca, a empresa responsável terá retorno financeiro e logístico para preservação do espaço. Com a iniciativa, espera-se aumentar o número de visitantes do Parque, que chega a 70 mil turistas por ano.

O presidente do Partido Verde em Ponta Grossa, Lauro Padilha, discorda da ideia. Segundo ele, o Parque deve continuar  contemplativo. “A oferta de atividades esportivas pode ser levada para outras áreas fora do Parque, mas incluídas em pacotes turísticos onde depois da visitação os turistas possam praticar”, propõe o Padilha.

Segundo a turismóloga e chefe do Departamento de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Jasmine Moreira, o processo deve ser claro. “Os editais devem ser bem definidos, com todas as responsabilidades das empresas expostas. Assim, os turistas podem cobrar mais qualidade”, relata. A especialista acredita que novas opções aumentarão o tempo de permanência dos turistas no local.

“Condições que interessem ao usuário devem estar bem explícitas no edital. A fiscalização deverá ocorrer, pois os responsáveis devem zelar pelo patrimônio”, destaca o economista Emerson Hilgemberg. Segundo ele, o Parque não será vendido e, sim, a concessão dos direitos de exploração de alguns serviços.

O plano se baseia no modelo implantado pelo Governo Federal no Parque Nacional do Iguaçu, localizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, em 1999.  Na época, a empresa Cataratas S/A assumiu a exploração de seis áreas de visitação e do sistema de transporte interno.

No entanto, o geólogo e professor doutor do Departamento de Geociências da UEPG, Mário Sérgio de Mello, ressalta diferenças entre o Parque Iguaçu e o Parque Vila Velha. “Deve-se considerar que pessoas do mundo inteiro vêm a Foz do Iguaçu só para ver as cataratas. É um apelo muito forte. Vila Velha, ao contrário, precisaria ser associada a um conjunto de atrativos locais, que potencializassem o interesse do visitante”, afirmou.

Sobre o risco de prejuízo para o patrimônio natural, o geólogo e professor do Departamento de Geociências da UEPG, Gilson Burigo, afirma que tudo depende de quais atividades serão permitidas no Parque. “Em casos específicos, consultas a especialistas devem ocorrer para avaliar ‘o quê’, ‘onde’, ‘de que jeito’, ‘com que frequência’, pode (ou não) determinada atividade ser realizada”, comentou o geólogo. “A realização de rapel em basaltos (Parque Iguaçu) não tem o mesmo impacto do que ocorreria em arenitos com um relevo ruiniforme (Parque Vila Velha). Seria necessário avaliar criticamente a permissão da prática”, exemplificou.

O início das ações no Parque Estadual Vila Velha tem previsão para o fim deste ano. O processo inclui também os Parques do Monge, na Lapa, e Guartelá, em Tibagi, além da Ilha do Mel, no litoral. Outras 24 áreas de conservação também poderão fazer parte do projeto futuramente.

Fonte: TAMIRIS BUSATO

http://www.portalcomunitario.jor.br/index.php?option=com_content&view=article&id=540:especialistas-defendem-editais-bem-definidos-na-concessao-do-parque-vila-velha&catid=143:noticias-da-camara&Itemid=605

 

Maioria dos vereadores mostra-se favorável à concessão do Parque Vila Velha para iniciativa privada

camaratamiris1-25-05-2011

A concessão de serviços e atrações à iniciativa privada no Parque Estadual Vila Velha, na região dos Campos Gerais, vem de uma ação do Governo do estado. Transporte interno, alimentação, práticas de aventura, ecoturismo e esportes radicais fazem parte dos serviços que poderão ser explorados por empresas privadas. Consulta aos vereadores de Ponta Grossa mostra que a maioria possui opinião favorável à concessão. Dos 12 parlamentares encontrados pela reportagem do Portal Comunitário, 10 defenderam a proposta e dois disseram ser contrários.

Para o vereador George Luiz de Oliveira (PMN), a fiscalização municipal determinará o sucesso do projeto. “Devemos ficar atentos aos moldes em que o processo licitatório será feito, para melhor contemplar o município”, afirmou. Segundo George, os serviços do Parque irão melhorar com o empreendimento e surgirão novas opções de lazer.

Segundo o vice-presidente da Câmara, Júlio Kuller (PPS), a ação aprimora a estrutura do ponto turístico. “O poder público não mostrou condições para divulgar o turismo na região. Se os investimentos da iniciativa forem usados de forma correta, a estrutura, manutenção e o volume de visitantes aumentarão”, disse.

Já a vereadora Ana Maria de Holleben (PT) disse ser “terminantemente contra” a proposta. Para ela, o local deve ser administrado pelo Estado, pois pertence à cidade. “Não sou a favor de empresas particulares ganharem dinheiro em cima de uma riqueza milenar dos Campos Gerais. Municípios menores administram seus pontos turísticos. Por que Ponta Grossa não conseguiria?”, destacou.

O vereador Pascoal Adura (PMDB) também disse discordar da concessão. “O Parque Estadual Vila Velha pertence à Ponta Grossa. Deveria ser concedido ao município”, declara. No entanto, o vereador ressaltou a necessidade de melhorias no local: “O Parque deve ser mais bem cuidado pela sua importância. O município deveria investir em revitalizações e mais recursos”.

O único que destacou o possível aumento nos custos para os visitantes foi o Vereador Alisson Zampieri (PPS). “Acredito que os investimentos vão beneficiar o Parque e o município. O preço para entrar no espaço, provavelmente, vai aumentar. Mas, acho que o número de visitantes também subirá”, comentou. Atualmente, a entrada custa R$ 18, 00 por pessoa.

Fonte: TAMIRIS BUSATO

 http://www.portalcomunitario.jor.br/index.php?option=com_content&view=article&id=539:maioria-dos-vereadores-mostra-se-favoravel-a-concessao-do-parque-vila-velha-para-iniciativa-privada&catid=143:noticias-da-camara&Itemid=605

Copiado do Blog do Padilha

http://lauropadilha.blogspot.com/2011/05/especialistas-defendem-editais-bem.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Biodiesel - A ideia nasceu debaixo de um ingazeiro

A ideia nasceu debaixo de um ingazeiro, árvore típica do Ceará. Era um fim de semana do ano de 1977 e o engenheiro químico Expedito José de Sá Parente descansava em seu sítio quando vislumbrou a fórmula do biodiesel através do uso de oleaginosas. “O desenho do fruto do ingá me remeteu à solução. Foi a perfeita junção da necessidade com o acaso”, lembra o pesquisador.

Já na semana seguinte, o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) entrou no laboratório com a proposta de desenvolver o óleo vegetal. Parente experimentou a reação química entre álcool e o óleo extraído da semente o de algodão. Conhecido como transesterificação, o processo deu origem ao biodiesel. Parente testou o combustível em um velho motor e viu que funcionava.

Novos estudos aperfeiçoaram o sistema e a patente para a produção do biodiesel a partir de ésteres vegetais (tipos de compostos orgânicos) ocorreu em agosto de 1980. Em 1983, foi homologada. Entre essas datas, testes foram feitos com o veículo de manutenção da linha da Companhia de Eletricidade do Ceará (Coelce). 

Em outubro de 1980, o biodiesel foi apresentado em Fortaleza, em um evento que contou com a presença de fabricantes de motores, ministros e o vice-presidente na época, Aureliano Chaves. Além do biodiesel, Parente trabalhou com a produção de bioquerosene voltado para aviação, num acordo com o Ministério da Aeronáutica. Em 1984, um avião Bandeirante da Embraer voou de São José dos Campos até Brasília, abastecido com óleo combustível feito de babaçu.

Retrocesso

A crise do petróleo, no entanto, deu força ao programa Pró-alcool. Com a produção do etanol de cana-de-açúcar, o projeto do biodiesel foi engavetado pelo governo. Dez anos depois, a patente expirou e entrou em domínio público. O Brasil só voltou os olhos novamente para o combustível renovável no início deste século. Com a introdução do Plano Nacional de Biodiesel, em 2004, que adiciona gradualmente o biocombustível ao diesel mineral, o Brasil se tornou o segundo maior produtor de biodiesel do mundo, atrás apenas da Alemanha.

De sua experiência com o biodiesel, Expedito Parente criou em 1999 a empresa Tecbio, para planejar e construir novas usinas produtoras. Atualmente, a companhia trabalha em cooperação com institutos nacionais e estrangeiros na pesquisa de biocombustíveis originários de resíduos florestais e urbanos. “O objetivo é transformar os passivos ambientais em ativos energéticos”, conta o incansável inventor Expedito Parente.


Leia mais:
Oleaginosas brasileiras
Pesquisa e inovações

Aprendendo a combater o aquecimento global

Todos podem contribuir na luta contra o aquecimento global. Veja como logo abaixo.


Hábitos alimentares

1. Tampe suas panelas enquanto cozinha

Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.

2. Aprenda a cozinha em panela de pressão
Dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc. Muito mais rápido e economizando 70% de gás.

3. Cozinhe com fogo mínimo
Por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum.

4. Coma menos carne vermelha
A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa, principalmente pela grande produção de metano. Além disso, a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para produzir 1kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água potável. O mesmo quilo de frango só consome 10 litros.

5. Compre alimentos produzidos na sua região
Além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.

6. Compre alimentos frescos ao invés de congelados
Comida congelada, além de mais cara, consome até 10 vezes mais energia para ser produzida.

7. Compre orgânicos
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura “tradicional”. Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair.

8. Não peça comida para viagem
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.

9. Freqüente restaurantes naturais/orgânicos
Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.


Consumo de energia

1. Use uma garrafa térmica com água gelada
Compre uma garrafa térmica de 2 a 5 litros. Abasteça-a com água bem gelada e uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira toda vez que alguém quiser beber um copo d’água.

2. Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes

Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura etc.

3. Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará, em média, 136 quilos de gás carbônico anualmente.

4. Não deixe seus aparelhos em standby
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando o aparelho está em uso.

5. Mude sua geladeira ou freezer de lugar
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles nem pensar!

6. Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias

O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.

7. Use menos água quente
Aquecer água consome muita energia. Para lavar louça ou roupas, prefira usar água morna ou fria.

8. Pendure ao invés de usar a secadora
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.

9. Desligue o computador
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes por pura comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.

10. Desligue o ar-condicionado uma hora antes do final do expediente
No final do expediente a temperatura começa a ser mais amena e o uso não é tão necessário. Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano.


Redução da poluição do ar

1. Limpe ou troque os filtros do seu ar-condicionado

Ar condicionado sujo representa 158 quilos de CO2 a mais na atmosfera por ano.


Redução de consumo de água

1. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiver cheia

Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.

2. Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas

As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo assim muito mais energia elétrica.

3. Tome banho de chuveiro

E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.

4. Não permita que as crianças brinquem com água
Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e outras brincadeiras com água são divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças.


Consumo

1. Não troque o seu celular
Celulares utilizam derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Fique com o aparelho enquanto estiver em bom estado. Se o problema é a bateria, considere o custo/benefício de trocá-la e descartá-la adequadamente.

2. Compre um ventilador de teto
Esse equipamento é ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia do que o ar condicionado.Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto.

3. Use somente pilhas e baterias recarregáveis
É certo que são caras, mas em médio e longo prazo, o custo/benefício é grande, por que duram anos e podem ser recarregadas, em média, 1.000 vezes.

4. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético
Procure por aparelhos com o selo Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).

5. Reduza o uso de embalagens
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas. Leve sempre com você a sua própria.

6. Compre papel reciclado
Produzir papel reciclado consome de 70% a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.

7. Utilize uma sacola para as compras
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.

8. Use o telefone ou a internet
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou internet pode poupar você de stress, além de economizar dinheiro e poupar a atmosfera.

9. Voe menos, reúna-se por videoconferência
Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. E deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.

10. Economize CDs e DVDs
CDs e DVDs são mídias eficientes e baratas, mas um disco desse leva cerca de 450 anos para se decompor e, ao ser incinerado, volta como chuva ácida. Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos os arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.

11. Considere trocar seu monitor
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.

12. No hotel, economize toalhas e lençóis

Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? O hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias já está de bom tamanho. O mesmo vale para os lençóis.

13. Instale uma válvula na sua descarga
Instale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário.


Reciclagem

1. Recicle no trabalho e em casa
Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar, por exemplo. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).

2. Faça compostagem
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem. Além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.


Responsabilidade ambiental

1. Plante uma árvore no jardim de seu edifício
Uma árvore absorve uma tonelada de CO2 durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.

2. Proteja as florestas
Em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.

3. Considere o impacto de seus investimentos
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.

4. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata

Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?

5. Participe de ações virtuais
A internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas.

6. Regue as plantas à noite
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.


Locomoção

1. Ande menos de carro
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa duas vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

2. Não coloque bagagem em cima do carro
Peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro cheio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.

3. Mantenha seu carro regulado
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, pelo menos. Carros regulados poluem menos. A manutenção de apenas 1% da frota mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.

4. Lave o carro a seco
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem.

5. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente

Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana-de-açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, em que no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parado nos congestionamentos.

6. Vá de escada
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores.


Para mais informações sobre a campanha acesse o site www.brasil2020.com.br.

sábado, 14 de maio de 2011

Teto de Vidro - Lei do Telhado Branco

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Lei do Telhado Branco pode provocar o efeito contrário devido à suscetibilidade das tintas imobiliárias à colonização por fungos, apontam estudos.

 

Teto de vidro

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A pintura de todos os telhados da cidade de São Paulo de branco para, entre outros objetivos, minimizar a absorção de calor e, consequentemente, reduzir o consumo de energia com o uso de ventiladores e ar-condicionado e o efeito de ilha de calor urbana, como pretende promover um Projeto de Lei aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo no fim de 2010, pode provocar o efeito contrário.

Isso porque as tintas imobiliárias comuns, à base de água, são muito suscetíveis à colonização por fungos filamentosos, conhecidos como mofo ou bolor, assim como algas e cianobactérias, que causam o escurecimento de telhados e, consequentemente, o aumento da temperatura interna e do consumo de energia dos imóveis.

E se essas tintas forem aplicadas diretamente nos telhados, sem a completa remoção dos fungos do local, esses microrganismos poderão crescer de forma muito mais acelerada entre as camadas de tinta, apontam estudos realizados no Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Nos últimos anos, um grupo da instituição iniciou as primeiras pesquisas no Brasil sobre biodeterioração – a deterioração de materiais de construção civil por fungos demáceos (que possuem melanina na parede celular) e microrganismos fototróficos, que utilizam luz como fonte de energia e produzem pigmentos que causam o escurecimento em ambientes internos e externos dos imóveis, como o telhado e a fachada, deixando-os com a aparência de “chapas de raio X” de edifícios.

A partir de 2007, por meio do projeto “Microbiologia aplicada à ciência dos materiais de construção civil”, financiado pela FAPESP no âmbito do programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, eles começaram a estudar a ação desses microrganismos em tintas expostas em diferentes regiões climáticas do Brasil em um laboratório de microbiologia aplicada à ciência dos materiais de construção, implantando na Poli com recursos do projeto.

Os testes em laboratório demonstraram que os biocidas (fungicidas) presentes na formulação das tintas para conferir proteção do produto à ação dos fungos são lixiviados (removidos) pela água.

Já estudos realizados em estações de pesquisa em São Paulo, no Pará e no Rio Grande do Sul revelaram que o clima e as condições ambientais influenciam a velocidade da colonização microbiana em tintas. Embora as tintas em Belém tenham ficado mais escuras pela colonização por organismos fototróficos, as utilizadas em São Paulo foram mais colonizadas pelos fungos.

“É preciso realizar mais pesquisas sobre a durabilidade das tintas desenvolvidas para aplicação em telhados antes de implementar qualquer lei. Porque, com o tempo, sabemos que haverá crescimento microbiano e o escurecimento dos telhados, e isso acarretará mais gastos de repintura e o aumento de lixiviação do biocida das tintas”, disse a pesquisadora coordenadora do projeto, Márcia Aiko Shirakawa, à Agência FAPESP.

A pesquisadora ressalva que não há necessidade de o telhado ser da cor branca. Produtos de outras cores podem ser reflexivos e superfícies metálicas também podem ajudar.

Para minimizar os efeitos dos microrganismos sobre as tintas, de acordo com Shirakawa, são necessárias formulações especiais. Uma alternativa é o uso de tintas inorgânicas autolimpantes, com nanopartículas de dióxido de titânio, que possuem capacidade de fotocatálise (aceleramento de uma reação por luz ultravioleta), impedindo a colonização microbiana. Porém, também é necessário estudar a eficiência desses novos materiais e suas suscetibilidades à colonização por microrganismos em condições de clima tropical, como o do Brasil.

“Há outro projeto, também apoiado pela FAPESP, que está sendo realizado no departamento para estudar a formulação dessas novas tintas que aumentam a refletância e diminuem o consumo de energia e que não precisam, necessariamente, ser branca”, disse Shirakawa.

Biocalcificação

Além de tintas, os microrganismos também atuam sobre outros tipos de materiais de construção civil porosos, como concreto, argamassa e fibrocimento contendo fibras orgânicas, utilizados para fabricação de telhas em substituição ao amianto.

Com o objetivo de inibir essa ação deletéria dos microrganismos e de poluentes atmosféricos, cientistas na Europa iniciaram pesquisas sobre a utilização de alguns grupos de microrganismos para proteger os materiais de construção por meio de um processo denominado biocalcificação.

O processo consiste na formação de uma camada de carbonato de cálcio, induzida por microrganismos, dentro da estrutura de poros da superfície de materiais cimentícios, para diminuir a permeabilidade do produto e a biodeterioração.

Na Europa, segundo Shirakawa, a nova técnica já foi utilizada em países como a França para a restauração de edifícios históricos. No Brasil, os pesquisadores da Poli estão estudando em parceria com cientistas do exterior a aplicação da tecnologia pela primeira vez em fibrocimento, para proteger as telhas à base do material da ação dos microrganismos e reduzir o escurecimento superficial por fungos, e em bioconsolidação de solos.

Em vez de cimento, os pesquisadores utilizaram bactérias ureolíticas, que induzem a precipitação de carbonato de cálcio, para cimentar grãos de areia e melhorar a estabilização de solos. Como isso, seria possível prevenir a erosão e aumentar a estabilidade de encostas.

“Estamos avaliando a durabilidade das camadas de carbonato de cálcio expostas às intempéries naturais, porque também não sabemos a eficiência dele ao longo do tempo”, ressaltou Shirakawa.

http://agencia.fapesp.br/13835?sms_ss=twitter&at_xt=4dcee976deba100a,0

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reengenharia - AS DUAS PULGAS

Muitas empresas caíram e caem na armadilha das mudanças drásticas de coisas que não precisam de alteração, apenas aprimoramento. O que lembra a história de duas pulgas.

    Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:
    - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
    E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
    - Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
    E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:
    - Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
    E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen.
    Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:
    - Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica?
    - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
    - E por que é que estão com cara de famintas?
    - Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?
    - Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.
    Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:
    - Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?
    - Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
    - O que as lesmas têm a ver com pulgas?
    - Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico.
    - E o que a lesma sugeriu fazer?
    - "Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança".

   Moral: você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes,  a grande mudança é uma simples questão de reposicionamento.

(Lauro Padilha)

http://lauropadilha.blogspot.com/2011/05/reengenharia-as-duas-pulgas.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

PEQUENOS QUEM?

            O agronegócio, através de seus representantes no parlamento, a chamada bancada ruralista, tem como principal bandeira na discussão acerca do Código Florestal o fim da reserva legal para pequenas propriedades. Uma reivindicação justa, aparentemente. Mais só aparentemente.

            Na verdade os ruralistas jogam com a confusão entre pequena propriedade e propriedade familiar. Que são coisas muito diferentes. A legislação agrária estabelece que pequena propriedade é aquela cujo tamanho é igual até quatro módulos fiscais. Em Ponta Grossa, por exemplo, o módulo fiscal é de 12 hectares, ou seja, uma propriedade até 48 ha é considerada pequena propriedade.

            Acontece que o tamanho do módulo fiscal varia de acordo com cada região do país. Por exemplo, um proprietário de 400 ha, no norte do Mato Grosso, que toca fogo na floresta amazônica, contrata um ou dois jagunços, para plantar pasto e criar gado também é um pequeno produtor, pois o módulo fiscal nesta região é 100 hectares! Este fazendeiro é pequeno proprietário e também um criminoso. Pois ao tocar fogo na floresta para plantar pasto comete um crime ambiental, pois a reserva legal mínima na região amazônica é de 80% da total da área.

            O proprietário de um sítio de 48 ha, ou 20 alqueires, medida mais usada pelo camponês que não se iluda. Não tenho dúvida que o “pequeno” proprietário que a bancada ruralista defende é o fazendeiro do Mato Grosso, dono dos 400 ha. Mas o agronegócio ao defender o fim da reserva legal para a pequena propriedade esconde um terrível ardil. É fácil de explicar. Imaginemos um fazendeiro que tenha uma área de 2 mil hectares na mesma região amazônica. Com a atual legislação ambiental em vigor ele pode produzir em 400 ha e deve manter 1600 como reserva legal. Se for aprovada a proposta defendida no relatório do agro-comunista Aldo Rebelo, este mesmo fazendeiro pode arranjar alguns “laranjas” e dividir sua grande propriedade em cinco “pequenas” propriedades e tocar fogo nos 2 mil hectares de floresta. Tudo amparado pela lei. Esta é a real intenção do agronegócio. Destruir nossas florestas para ganhar dinheiro.

            Já propriedade familiar é diferente. Esta deve ser sim tratada de forma especial pela legislação. Propriedade familiar é aquela que tem o tamanho de no máximo dois módulos rurais (o módulo rural pode ser inclusive menor que o módulo fiscal), onde o trabalhador rural e sua família moram e produzem. A propriedade familiar é responsável por 70% dos alimentos que comemos todos os dias e representa 86% de todos os agricultores brasileiros. Eu defendo, por exemplo, a flexibilização da legislação ambiental para a propriedade familiar (não para o “pequeno” empresário rural) que permita incluir às áreas de preservação permanente, aquelas que ficam nas margens dos rios e no alto dos morros, no computo da área da reserva legal, pois desta forma estaria inclusive se ampliando a proteção dos biomas mais vulneráveis, incluindo os recursos hídricos existentes nas pequenas propriedades.

            Todos os deputados federais, incluindo o representante de nossa cidade que também é bacharel em Direito, sabem perfeitamente da diferença entre pequena propriedade e propriedade familiar. Pode existir palhaço, mas não existe bobo no Congresso Nacional. Todos eles sabem do ardil que está por trás do fim da reserva legal para a pequena propriedade. Mas a maioria do nosso povo não está acompanhando a discussão da reforma do Código Florestal.

            A maioria da população não sabe, por exemplo, que toda a floresta que existe em um terreno particular não é do dono do terreno. A floresta é um bem ambiental, juridicamente classificada como um bem difuso, de uso e gozo de todo o povo, das presentes e futuras gerações. O que o agronegócio quer é tomar de nós, e de nossos filhos e netos, este patrimônio ambiental para lucrar, vendendo soja para engordar as vacas européias. A questão é saber se vamos deixar isto acontecer!


Por João Luiz Stefaniak

O Autor é advogado, professor de Direito Agrário e Direito Ambiental na UEPG, e militante do PSOL. joaoluiz@stefaniak.com.br